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Resenha #161: A Rainha do Nada, Holly Black


Livro: A Rainha do Nada

Autora: Holly Black

Saga: O Povo do Ar, volume 03

4/5 estrelas


Resenha: A trama se inicia um tempo depois da reviravolta chocante de O Rei Cruel. Jude está exilada no reino humano, traída pelo rei que acreditava amar e pela irmã em quem confiava plenamente. Ela não tem muito que fazer, uma vez que, para os humanos, Jude está morta e esquecida no tempo - portanto, faz o possível para manter sua conexão com o mundo das fadas, caçando recompensas e elementos perigosos a mando de criaturas mágicas.


Quando sua irmã, Taryn, surge em busca de sua ajuda, Jude recebe uma oferta irrecusável: pode retornar ao reino mágico. Mas seu retorno vai trazer consequências com as quais ela não estará tão preparada para lidar.


Jude já se firmou como uma sobrevivente arisca e difícil de entender. Ela carrega rancor pelas traições, mas sua sede por vingança está em equilíbrio com uma parte do coração que quer entender porque isso aconteceu. Por que ousou entregar seu coração para um rei cruel e perverso que ela acreditava confiar e gostar dela de volta? O que levou Cardan a traí-la?


As respostas chegam cedo e são um pouco do que eu já esperava, mas não quebraram o encanto dos reencontros e do retorno dela para o mundo mágico. A tensão permeia cada momento desse primeiro arco do livro porque você não sabe para onde exatamente a história está caminhando; uma guerra se aproxima? Uma conspiração? Em quem a gente pode confiar quando todo mundo parece prestes a trair todo mundo?


Jude se move nessas incertezas até encontrar seu caminho entre os seres encantados. Eu preciso dizer, sem muitos spoilers, que berrei contra um travesseiro na sua primeira cena com o Cardan porque se tem UMA COISA que a Holly não erra mão é no relacionamento desses dois.


De ódio a amor nos seus mais intensos significados, Jude e Cardan são aquele tipo de ship que, num primeiro momento, parecem imperfeitos um para o outro, até que se tornam inevitáveis e então você entende a alma gêmea por trás daquela coisa todo. Os dois são feitos um pouco de caos, um pouco de fragilidade, um pouco de necessidade de carinho e amor e pertencimento. E se encontram quando estão juntos.


Cardan, inclusive, teve um desenvolvimento fenomenal no passar da trilogia. Daquele rapaz que era o pandemônio encarnado até o rei que carrega o peso da coroa e do reino e de uma profecia tensa nos ombros, deu pra sentir nos olhares e sorrisos o quanto isso marcou. Meu filho caótico e precioso que me ganhou quando eu menos esperava e roubou meu coração com todas as forças.


Outra personagem que me surpreendeu nesse último volume foi a Taryn. Ela era meio pombo no começo, aí passou por umas mudanças no segundo título até AQUELE FINAL e de repente seu arco de crescimento chegou num choque. Tal como Vivi, ela é uma personagem bem construída, só mais difícil de ler - e, aqui, nós conseguimos fazer isso até seu desfecho satisfatório. Sinto que faltou algumas considerações por parte da narrativa no que concerne diálogos entre irmãs, mas não foi perdição total.

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